castelos medievais

castelos medievais

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

PALMANOVA (ITÁLIA) - A CIDADE-ESTRELA

Palmanova é uma cidade em forma de estrela com 13,32 km² e  5.453 habitantes, cercada de muros.
 
Nem é preciso explicar o motibo, Palmanova é a cidade estrela... Imagem: Google Maps

Provavelmente você nunca ouviu falar de Palmanova, não é mesmo? A cidade italiana, localizada na região de Friuli-Venezia, distrito de Udine, a 111 km de Veneza, foi construída por volta de 1500. No entanto o que mais chama a atenção não é a sua pouca idade, perto de outras cidades europeias, e sim, o fato de ela ter sido erguida propositalmente em forma de uma estrela. Totalmente murada, há nove pontas e apenas três saídas, assim conservadas até o momento.

Sinaleiro organiza a passagem dos carros, um sentido por vez

Os portões liberam a entrada ou saída de apenas 
um veículo por vez, organizados através de um sinaleiro. Ao se deparar com eles, a impressão que se tem é de que está entrando em mais um dos milhares de castelos da Europa. Mas, ao chegar à Piazza Grande (Praça Grande) a sensação é que de que se está em um burgo do século XVI, exatamente como descritos no livro de história.

No espaço há a Catedral, a Câmara Municipal, a Polícia local, além de muito comércio. Aliás, este último está presente na cidade toda. E era exatamente assim que se pensava que a cidade seria habitada. Entretanto, dizem que nem os comerciantes, burgueses, nem ninguém queriam se mudar para lá.

Na Piazza Grande é onde está a Catedral, a Câmara Municipal, a Polícia local e o comércio, é claro.
Foto retirada do blog: Hoolawhoop
O povo da época considerava o formato da cidade friulana inabitável. Com isso, apenas em 1622 é que a cidade planejada realmente foi habitada, de forma forçada. Neste ano, Veneza, que sofria com a sua decadência, foi obrigada a perdoar muitos criminosos e, para isso, precisava oferecer lotes de construção, livres de materiais, se eles concordassem em morar em
Palmanova.

Catedral de Palmanova, abençoada somente 222 anos após
a fundação da cidade. Foto retirada do blog: Parlando d'Italia















A própria Catedral apenas foi abençoada em 1777, quando também foi incluída no Arcebispado de Udine. Nela, o que se destaca é a baixa torre do sino, erguida um ano antes de ser consagrada. O motivo encontrado para isto era que, desta forma, inimigos que estivessem do outro lado dos muros não conseguiriam ver o monumento e, assim, não o atacariam.

Para conhecer a cidade é interessante fazer caminhadas pelas pacatas ruas da cidadezinha. Carros, inclusive, são proibidos aos domingos e nas noites de verão, para que o povo possa aproveitar os muitos barzinhos espalhados pela cidade. Desde o final do ano passado, a polícia local passou a cobrar estacionamento, como o Estar daqui.

Além disso, a qualquer dia, de qualquer estação, após a hora do almoço, a sesta é quase obrigatória (até mesmo para os restaurantes) e os horários de reabertura das lojas nem sempre são cumpridos tão à risca. Se na entrada estiver escrito que o comércio abrirá as portas às 15h e ele estiver fechado, não se preocupe, ele reabrirá por volta das 15h30, talvez 16h.

No segundo domingo de julho, em comemoração ao padroeiro de Palmanova, São Marcos, há o tradicional desfile de cavaleiros, com a demonstração de habilidades e danças folclóricas na Piazza Grande. A cidade toda participa, de crianças a idosos. E, no dia 07 de outubro, a fim de comemorar a fundação da cidade, todos saem às ruas para aproveitar os festejos, que contam com feiras e shows.

Quanto ao povo e à língua, não se preocupe. As pessoas costumam ser muito receptivas com os brasileiros, além de se esforçarem bastante para compreender o português. Qualquer coisa que precisar, basta pedir e eles tentarão lhe atender. Os hoteleiros também fazem questão de negociar e dar bom atendimento a fim de que os turistas aproveitem bem Palmanova. 
A cidade se conserva aos moldes de sua fundação

Nenhum comentário:

Postar um comentário