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domingo, 1 de julho de 2012

VELHO AIRÃO: A CIDADE FANTASMA NO AMAZONAS


Velho Airão ou Airão Velho, como é chamada pelos moradores de Novo Airão é uma cidade fantasma brasileira, situada no estado do Amazonas. A cidade, a época de sua existência, era conhecida apenas como Airão, ou ainda Aerão. Foi fundada no ano de 1694, sendo a primeira povoação às margens do rio Negro, mais antiga que a primeira capital do Amazonas.

Foi uma das vilas mais importantes no médio rio Negro desde a época dos colonizadores portugueses até a Segunda Guerra Mundial, quando os aliados encontravam sua maior fonte de borracha para a fabricação de pneus e materiais cirúrgicos no látex da amazônia. Airão concentrava toda a produção de borracha do alto rio Negro, do rio Jaú e seus afluentes e do rio Branco, trazendo a produção de vilarejos próximos à Boa Vista (Roraima).


Com o fim da guerra, os ingleses passaram a comprar látex de sua colônia: a Malásia. Os produtores amazonenses não estavam preparados para isso e como Airão era um ponto de captação e distribuição, a cidade faliu. Com a decadência do Ciclo da borracha, seus moradores passaram a abandoná-la, até ser deixada pelo último morador em 1985. Boa parte de sua população mudou-se para vilarejos mais próximos à capital do estado, Manaus, mas a maioria (108 pessoas) foi transferida para a vila de Itapeaçu, que passou a se chamar Novo Airão.

Como a população estava a abandonar a cidade, surgiu a lenda das formigas. Um político da época afirmou que a população estava sendo devorada por formigas e pediu ajuda para mudar a sede do município. Verdade ou mentira, o fato é que a partir de 1950 a população começou a ser transferida para onde hoje é Novo Airão.



A partir de 1985, a marinha brasileira começou a usar a cidade abandonada como alvo para treino de tiros de seus navios até o ano de 2005, quando a cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN. Mas apenas em 2010 técnicos do IPHAN começaram a levantar dados no lugar. Desde 2005 cerca de 7 famílias retornaram ao lugar, fazendo suas casas em volta das ruínas e auxiliam na condução dos turistas que visitam o antigo vilarejo.

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