castelos medievais

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

ILHA DO CORVO - AÇORES - PORTUGAL

A ilha do Corvo é a menor das ilhas do Arquipélago dos Açores, localizando-se no Grupo Ocidental, a norte da Ilha das Flores. A ela corresponde territorialmente o município do Corvo, o único dos concelhos da República Portuguesa que não tem qualquer freguesia, já que, nos termos do artigo 136.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, este nível de divisão territorial não existe na ilha. As funções dos órgãos de freguesia são assumidos pelos correspondentes órgãos municipais.


































Geografia

A ilha ocupa uma superfície total de 17,13 km², com 6,5 km de comprimento por 4 km de largura. Situa-se a 39º 40’ de latitude Norte e 31° 05’ de longitude Oeste.




Dista da ilha das Flores, de Santa Cruz das Flores 13 milhas e 10 milhas náuticas de Ponta Delgada (Santa Cruz das Flores). É formada por uma única montanha vulcânica extinta - o Monte Gordo, coroado com uma ampla cratera de abatimento chamada localmente de Caldeirão, com 3,7 km de perímetro e 300 metros de profundidade e onde se aloja a Lagoa do Caldeirão. Nela se podem observar várias lagoas, turfeiras e pequenas "ilhotas", duas compridas e cinco redondas. O ponto mais alto da ilha é o Morro dos Homens no rebordo sul do Caldeirão, com 718 metros de altura acima do nível médio do mar. Além desta elevação destacam-se ainda: a Lomba Redonda, a Coroa do Pico, o Morro da Fonte, o Espigãozinho e o Serrão Alto.

Todo o litoral é alto e escarpado, constituindo o cone central do vulcão, com excepção da parte Sul, onde numa fajã lávica se estabeleceu a Vila do Corvo, a única povoação da ilha. A escarpa oeste, com uma falésia quase vertical com cerca de 700 m de altura sobre o oceano, é uma das maiores elevações costeiras existentes no Atlântico.

As terras imediatamente em redor da única povoação da ilha e uma pequena zona abrigadas na costa leste (as Quintas e Fojo) são as únicas em que é possível praticar a agricultura e manter algumas árvores de fruto. As melhores pastagens para o gado ficam mais para norte, nas chamadas Terras Altas.

Na enseada sul, denominada Enseada de Nossa Senhora do Rosário, existem três cais de desembarque – o Porto Novo (não usado), o Porto do Boqueirão e o Porto da Casa, o maior e o único utilizado no tráfego comercial. O Portinho da Areia, no extremo oeste da pista do aeroporto, é o único areal da ilha e a sua principal zona balnear.

O clima é húmido, com 915,7 mm de precipitação média anual, mas ameno, embora ventoso, com temperatura média anual de 17,6°C na Vila, com temperaturas médias mensais que variam entre os 14°C em Fevereiro e 20°C em Agosto. Nas zonas altas os nevoeiros são quase permanentes. A agitação marítima, particularmente do quadrante oeste, é muito elevada, resultando numa elevada erosão costeira.

A humidade relativa do ar oscila entre 74% em Outubro e 85% em Junho, o mês em que os nevoeiros são mais frequentes ("nevoeiros do São João").

Geologia

A ilha localiza-se sobre a placa tectónica norte americana, a oeste do rifte da Crista Média Atlântica (sigla CMA), edificada sobre fundo oceânico com cerca de 10 milhões de anos. As ilhas das Flores e do Corvo emergem do mesmo banco submarino, de orientação NNE-SSO. A sua tectónica é controlada por falhas orientadas aproximadamente Norte-Sul, paralelas à Crista Média Atlântica e por falhas transformantes com direcção Oeste-Este, que segmentam o vale do rifte. A ilha corresponde a um vulcão do tipo central, que começou a emergir há cerca de 730 mil anos. O colapso da cratera terá ocorrido há 430 mil anos. Antes da formação da cratera, estima-se que o cone central teria cerca de 1 000 metros de altitude.
























Aliado à erosão marinha, a ilha enfrenta erosão provocada pelos ventos dominantes de nordeste e oeste. As vertentes do vulcão encontram-se parcialmente preservadas nos flancos Sul e Leste (com altitudes entre 150 a 250 metros), muito reduzidas pelo recuo das arribas litorais a norte e completamente ausentes a oeste (com altitudes entre 500 a 700 metros). O recuo das arribas já alcançou o bordo oeste da caldeira. Na vertente sul, sobressaem cones secundários – Coroínha, Morro da Fonte, Grotão da Castelhana e Coroa do Pico – que se encontram bem preservados da acção erosiva, responsáveis pelo derrames basálticos que formaram a fajã lávica (com altitudes entre 10 a 60 metros).


A extremidade noroeste da ilha constitui a Ponta Torrais, saliente e notável, em espinhaço aguçado e com cristas pontiagudas, tendo na sua face norte um pequeno ilhéu cónico, o ilhéu dos Torrais. Na costa norte e noroeste existe outro pequeno ilhéu, o Ilhéu do Torrão, e alguns recifes submersos perigosos para a navegação.

História

Descoberta e povoamentoNos mapas genoveses do século XIV, nomeadamente no Portulano Mediceo Laurenziano (1351), é mencionado a "Insula Corvi Marini" (Ilha do Corvo Marinho) entre as sete ilhas que compunham o arquipélago, mas é improvável que esta designação se refira especificamente a esta ilha, apesar de ter sido a origem do nome. É provável ser uma designação para ambas as ilhas do Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores, como parece ser o caso no chamado Atlas Catalão, (c. 1375).

Na fase de exploração portuguesa do Atlântico sabe-se que foi Diogo de Teive quem achou as ilhas do Grupo Ocidental dos Açores, no regresso de sua segunda viagem de exploração à Terra Nova, em 1452. Terá sido descoberta em simultâneo com a Ilha das Flores, já que as ilhas se avistam mutuamente. A sua designação henriquina é Ilha de Santa Iria, mas foi também chamada de Ilhéu das Flores, ilha da Estátua, ilha do Farol, ilha de São Tomás e ainda de Ilha do Marco, tendo este nome persistido durante alguns séculos em razão, de para alguns servir o monte do Caldeirão servir como uma referência geográfica para os marinheiros ou, e mais provavelmente, pelo facto de existir um pequeno promontório a que foi dado o nome de Ponta do Marco, local onde possivelmente terá sido afixado algum padrão como era hábito fazer-se nas novas terras descobertas.

Apesar da incerteza quanto à data do achamento português da ilha, é seguramente anterior a 20 de Janeiro de 1453, data em que o rei D. Afonso V de Portugal faz doação da ilha, e da vizinha ilha das Flores, a seu tio Afonso I, Duque de Bragança.

Após várias tentativas infrutíferas de povoamento desde a década de 1510, a 12 de Novembro de 1548, Gonçalo de Sousa, capitão do donatário das ilhas das Flores e do Corvo, foi autorizado a mandar para ilha escravos - provavelmente mulatos, oriundos da ilha de Santo Antão, arquipélago de Cabo Verde - de sua confiança como agricultores e criadores de gado.

De acordo com frei Diogo das Chagas, o povoamento inicial da ilha começou com o envio de uma expedição de 30 pessoas, chefiados pelo terceirense Antão Vaz de Azevedo, mas a expedição não terá tido grande sucesso. Em 1570, terá sido construída a primitiva igreja. Por volta de 1580, colonos das Flores fixam-se no Corvo, que, a partir de então passou a ser permanentemente habitada, dedicando-se a população à agricultura, à pastorícia e a pesca.

Piratas e Corsários

Apesar de seu isolamento, a ilha sofreu diversas incursões de corsários e piratas. Os corvinos, entretanto, souberam impor-se, muitas vezes aliando-se aos incursores e participando activamente na sua actividade. Em troca de protecção e dinheiro, a ilha fornecia água, alimentos e homens, ao mesmo tempo que permitia tratar os enfermos e reparar os navios.

Em 1587, o Corvo foi saqueado e as suas casas queimadas pelos corsários ingleses, que haviam atacado as Lajes das Flores. No ano de 1632, a ilha sofreu duas tentativas de desembarque de piratas da Barbária, no local do actual cais Porto da Casa, que na altura ainda era apenas uma baía. Duzentos corvinos usaram tudo ao seu dispor para repelir os atacantes que acabaram por desistir com baixas. A imagem de Nossa Senhora do Rosário foi colocada na Canada da Rocha e daí, diz a lenda que ela protegeu a população das balas disparadas.

Foi o segundo pároco da ilha, o florentino Inácio Coelho, irmão do cronista frei Diogo das Chagas. Foi ele quem conseguiu que D. Martinho de Mascarenhas, 2.º capitão do donatário, assumisse o sustento do pároco, bem como a ele se deve a presumível redacção e divulgação dos factos e atribuição à Virgem Maria do milagre da vitória dos corvinos sobre os piratas. A partir de então, a imagem passou a ser chamada de Nossa Senhora dos Milagres.

Em 1674 o lugar do Corvo foi elevado a paróquia, sendo o seu primitivo orago Nossa Senhora do Rosário. Antes dessa data, a ilha era visitada anualmente por um padre de Santa Cruz das Flores por ocasião da Quaresma. O primeiro pároco foi o faialense Bartolomeu Tristão.

No século XVIII, com a chegada dos barcos baleeiros norte-americanos à Ilha das Flores para recrutar tripulação e arpoadores, uma vez que os corvinos eram apreciados pela sua coragem, iniciou-se uma estreita relação com a América do Norte, que passou desde então a ser o destino de eleição para a emigração corvina e de onde chegaram praticamente todas as novidades à ilha, a qual manteve durante muito tempo uma relação mais estreita com Boston do que com Lisboa. A emigração clandestina era uma constante da vida da ilha, apesar dos esforços repressivos das autoridades portuguesas, preocupadas com a fuga ao serviço militar obrigatório e com a perda de mão-de-obra.

Os corvinos tinham de pagar tributo aos seus capitães do donatário e, a partir de 1759, com morte a 8.º duque de Aveiro e conde de Santa Cruz, à Coroa. Foi Mouzinho da Silveira, impressionado pela quase escravidão em que vivia o povo do Corvo, obrigado a comer pão de junça para poder pagar o tributo a que se encontrava obrigado, quem propôs a redução, para a metade, do pagamento em trigo e anulou o pagamento em dinheiro, fazendo assim a felicidade dos corvinos. Manuel Tomás de Avelar foi o chefe delegação de corvinos que foi a Angra do Heroísmo fazer a petição, despertando, pela sua sabedoria e maneiras, o espanto da liderança liberal da Regência de Angra. A impressão foi tal que Mouzinho da Silveira, hoje homenageado como patrono da Escola Básica Integrada do Corvo, anos depois escreveria no seu testamento que gostaria de estar sepultado na ilha, "cercado de gente que na minha vida se atreveu a ser agradecida". O decreto, datado de 14 de Maio de 1832, e assinado em Ponta Delgada por D. Pedro IV, reduziu à metade (20 moios) o pagamento em trigo que os corvinos faziam a Pedro José Caupers, então donatário da Coroa, e eliminou o pagamento em dinheiro de 80 000 réis. Em contrapartida, a Coroa assumiu indemnizar o donatário. O tributo apenas foi completamente abolido em 1835.

No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), quando da ofensiva liberal do 7.º conde de Vila Flor (1831), a ilha reconheceu espontaneamente o governo liberal. Pouco depois, Pedro IV de Portugal elevou a povoação do Corvo à categoria de vila e sede de concelho (20 de junho de 1832). O decreto determinou que a nova vila se chamasse Vila do Corvo, e não Vila Nova como por vezes aparece grafado. Antes disso, esteve sob jurisdição de Santa Cruz das Flores, sendo uma das freguesias daquele concelho. Atualmente o dia 20 de Junho é feriado municipal.

Em 1886, o Governador Civil do Distrito da Horta, Manuel Francisco de Medeiros, quando visitou a Vila do Corvo indagou quais eram as suas aspirações. Foi-lhe pedido apenas uma Bandeira Nacional para saudar os barcos que por aqui passavam.

Durante as suas expedições oceanográficas ao Atlântico, o príncipe Alberto I do Mónaco visitou demoradamente a ilha no seu iate Hirondelle, recolhendo imagens fotográficas de extraordinário interesse, hoje no Museu Oceanográfico do Mónaco e apenas parcialmente publicadas.

A ilha foi também visitada em 1924 pelo escritor português Raul Brandão, que com a sua obra Ilhas Desconhecidas muito contribuiu para a mitificação das vivências dos habitantes do Corvo, criando a imagem de uma idílica república comunitária que persistiu até quase aos nossos dias.

A partir do início do século XIX assistiu-se ao crescimento constante da emigração para os Estados Unidos da América e Canadá, com um interregno entre 1925 e 1955, num processo que se prolongou até meados da década de 1980.

Em 1938 o Corvo teve pela primeira vez um médico residente, o dr. João Rodrigues Ferreira da Silva, que ali permaneceu até 1945. O actual centro de saúde da ilha ostenta o nome daquele médico.

Na década de 1960 a população da ilha viveu em constante oposição ao regime florestal imposto sobre o baldio da ilha, regime esse que levou ao fim da produção de lã, fazendo desaparecer totalmente as ovelhas da ilha, e com elas as tradições ligadas à tosquia, cardagem, fiação e tratamento das lãs, antes aspectos centrais da cultura corvina.

Com a inauguração do tráfego aéreo comercial no Aeroporto da Ilha das Flores, em 27 de Abril de 1972, os corvinos começaram a sentir-se menos isolados do resto do mundo.

Em 28 de Setembro de 1983, foi inaugurado o Aeródromo do Corvo, (código IATA: CVU) com uma pista de 800 metros de extensão. De início, as ligações aéreas entre o Corvo e a Terceira (Lajes) eram asseguradas por um avião CASA C-212 Aviocar da Força Aérea Portuguesa. A partir de 1991 esta aeronave foi substituída por um Dornier 228-212 da SATA Air Açores, fazendo as ligações com Santa Cruz das Flores, Horta e Terceira (Lajes). O aeródromo é servido quatro dias por semana no período do Verão, e três dias por semana no de Inverno, podendo o número de voos ser alterado se a quantidade de passageiros assim o demandar.

Vila do Corvo























A Vila do Corvo, também chamada erradamente de Vila Nova do Corvo, é a mais pequena dos Açores, com 467 habitantes (em 2010). A única povoação da ilha é constituída por um aglomerado de casas baixas com ruas estreitas e tortuosas que sobem as encostas, conhecidas localmente por canadas. Sofreu devido à emigração, principalmente para os EUA e Canadá. A superfície do seu concelho corresponde a toda a superfície da ilha. O concelho mais próximo é Santa Cruz das Flores, tornando este o local habitado mais isolado de Portugal.

Durante o Inverno, as ligações marítimas, apesar de regulares, são fortemente condicionadas pelo estado do mar e pelo vento já que o Porto da Casa, o pequeno molhe que serve a ilha, não fornece abrigo que permita a operação com tempo adverso. No entanto, durante o Verão, chega a haver várias ligações por dia, usando barcos rápidos que fazem o trajecto entre o Corvo e Santa Cruz das Flores em cerca de 30 minutos.

Monumentos e museus



















Do patrimônio arquitectônico existente, destaca-se a Igreja de Nossa Senhora dos Milagres, construída em 1795, que veio substituir a primitiva ermida. No seu interior, podem admirar-se a estátua da padroeira, obra flamenga do século XVI da escola de Malines, um Cristo em marfim e uma imagem em madeira de Nossa Senhora da Conceição, entre várias outras imagens existentes na igreja.

Além da igreja, é digna de ser visitada a Casa do Espírito Santo, no típico Largo do Outeiro, fundada a 1871, seguindo a traça simétrica típica das Casas do Espírito Santo das ilhas das Flores e Corvo.

Junto ao aeroporto existem os interessantes moinhos de vento típicos do Corvo, classificados como imóveis de interesse municipal. Dos cerca de 7 moinhos que existiram na ilha, apenas 3 moinhos se mantêm em funcionamento, embora já não sejam utilizados para o fim para que foram construídos.

O casario da vila é um verdadeiro museu vivo, também classificado como conjunto de interesse público, onde as pessoas mais antigas preservam no falar expressões arcaicas únicas com uma evolução linguística muito própria.

Em duas casas tradicionais cuidadosamente recuperadas foi instalado em 2007 um moderno centro interpretativo cultural e ambiental da ilha, com espaço museológico e galeria para exposições temporárias.

Um local a não perder é o Miradouro do Pão de Açúcar localizado na elevação do Pão de Açúcar, infelizmente desfeiteado por uma lixeira a céu aberto. O troço ascendente da estrada que conduz ao interior da ilha também proporciona vistas de grande beleza sobre a vila, a fajã onde ela se situa e a vizinha ilha das Flores.

O Caldeirão, a cratera central da ilha, com as suas lagoas e turfeiras, é uma das mais belas paisagens dos Açores. Foi ainda constituída ao abrigo da Directiva Habitats e da Directiva Aves o Sítio de Importância Comunitária Costa e Caldeirão do Corvo e a Zona de Protecção Especial da Costa e Caldeirão, hoje integrados no Parque Natural da Ilha do Corvo criado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 56/2006/A, de 22 de Dezembro.

A ilha possui dois farolins para ajuda à navegação: um na Ponta Negra (desde 1910); o outro no Canto da Carneira, nas coordenadas geográficas 39º 42,98’ N e 031º 05,15’ W (desde 1965, agora inactivo).

Povoamento, demografia e política

A ilha do Corvo apresenta uma estrutura de povoamento muito diferente das restantes ilhas açorianas, apenas tendo paralelo no lugar da Ponta Ruiva e nalguns pequenos povoados da costa oeste da ilha das Flores. Em vez do tradicional povoamento ao longo de vias de comunicação, numa estrutura dispersa mas orientada, a Vila do Corvo anichou-se sobre a falésia que delimita o Porto da Casa, assumindo uma estrutura de grande densidade habitacional, assente sobre pequenas vielas, mais característica dos povoados medievais, do que do povoamento renascentista do Novo Mundo.

Note-se que para oeste do eixo que viário que do Porto passa no Jogo da Bola apenas existem edificações recentes, a vasta maioria do último quartel do século XX. Esta preferência por um povoamento de grande densidade, que obrigou homens e animais (porcos e galinhas) a partilharem o mesmo espaço, sem ao menos deixar terreno para as tradicionais hortas e quintais, parece determinado por duas condicionantes: a exiguidade do terreno e a sua propriedade (o que explica pouco, já que para oeste da vila existia amplo espaço); e factores de ordem cultural e de procura de abrigo comum num ambiente varrido pelos ventos, o que explica a semelhança com a Ponta Ruiva, embora alguns autores também afirmem que foi uma forma de protecção contra os piratas, visto que as ruas estreitas eram de mais fácil defesa.

Qualquer que sejam os factores determinantes, a Vila do Corvo apresenta todas as características de um povoado de montanha, ainda que construído à beira mar, e uma estrutura urbana que aponta mais para o norte de África do que para a Europa da Renascença.

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